UPB e Ministério da Igualdade Racial orientam municípios sobre adesão ao SINAPIR e captação de recursos

O sistema nacional oferta recursos para fortalecer políticas de promoção da igualdade racial

Construir cidades mais justas começa com informação e cooperação. Com esse propósito, a União dos Municípios da Bahia (UPB) e o Ministério da Igualdade Racial reuniram, nesta quarta-feira (6), mais de 150 participantes em um encontro virtual para apresentar o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (SINAPIR) e detalhar oportunidades de cooperação técnica e captação de recursos para fortalecer políticas de promoção da igualdade racial.

A diretora de Direitos Humanos, Cidadania e Igualdade Racial da UPB e prefeita de Cachoeira, Eliana Gonzaga, abriu a live e destacou o papel dos prefeitos e prefeitas no desenvolvimento de ações efetivas para promover a igualdade. “O racismo está presente em todos os ambientes e precisamos, enquanto gestores públicos, acatar todas as políticas públicas de combate e o SINAPIR é essa ferramenta de você gestor e gestora estar aderindo e adquirindo recursos públicos, através do Ministério da Igualdade Racial, para, juntos, em uma força tarefa, fazermos o nosso dever de casa que é combater esse crime que é o racismo”, argumentou.

O Secretário Nacional de Gestão do Sistema de Promoção da Igualdade Racial, Cledisson Júnior, ressaltou que os estados da federação têm avançado na mobilização pela igualdade racial e destacou o papel decisivo da entidade municipalista baiana nesse processo. “Estar nesse espaço da UPB é fundamental para que nós possamos, nesse movimento, sensibilizá-los. O SINAPIR, diferente dos outros sistemas, não é obrigatório nem automático. A ampliação é desejo da contribuição política dos nossos gestores”, afirmou, acrescentando que o êxito na adesão dos municípios baianos servirá de modelo a ser replicado em outros estados.

Racismo é um problema estrutural no Brasil, afirmou a diretora de Articulação Interfederativa do Ministério da Igualdade Racial, Isadora Bispo. Segundo ela, não é possível pensar bons índices nos municípios sem trabalhar a reparação racial de povos em vulnerabilidade. “Estamos à disposição para construir as atividades necessárias na perspectiva da igualdade racial. Sabemos que o nosso país perdurou por mais de 3 séculos em relações escravocratas e pouco tempo de reparação histórica e nós representantes da gestão pública precisamos construir iniciativas”, resumiu.

Foram apresentados os programas disponibilizados pelo Governo Federal tanto para estruturar os organismos de promoção da igualdade racial nos municípios, com a doação de equipamentos e veículos, além dos cursos de capacitação, incentivo ao turismo rural e o fortalecimento aos direitos territoriais dos quilombolas, indígenas e povos tradicionais, entre outras ações. Também do Ministério da Igualdade Racial participaram o Secretário de Políticas para Quilombolas, Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, Povos de Terreiro e Ciganos (SQPT), Ronaldo dos Santos, e a diretora de Políticas para Comunidades Tradicionais do Ministério da Igualdade Racial, Luzi Borges.

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