O projeto ‘Educação antirracista enquanto elemento estruturante do currículo na Creche da Baixa da Candeia’ está entre as 739 experiências mais inspiradoras de gestão e projetos pedagógicos de Educação Integral em Tempo Integral do país. O resultado da seleção do Ministério da Educação (MEC) foi divulgado nesta segunda-feira, 28. Além de compor um mapa interativo que vai reunir informações das iniciativas contempladas em todo o Brasil, as ações desenvolvidas na unidade educacional de Alagoinhas serão apresentadas em uma mostra nacional que ocorrerá nos dias 1º e 2 de outubro, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
“Ao partilhar nossas experiências, estaremos inspirando o Brasil e mostrando que é possível trabalhar o antirracismo na educação infantil. Este é o resultado de um projeto desenvolvido conforme o currículo instituído na rede, por uma equipe responsável, compromissada com a comunidade e, principalmente, com as nossas crianças”, afirma a coordenadora pedagógica da Creche da Baixa da Candeia, Iranildes Barreto.
“É muito importante incluirmos, no currículo, atividades que promovam a valorização da diversidade. Mostramos às crianças o quanto o conhecimento e as referências relacionadas à pauta antirracista são fundamentais para a formação delas, e esse trabalho não beneficia apenas os pequenos da creche, mas também toda a comunidade, que é diretamente impactada por essas ações”, avalia Zuleide Paz, diretora interina da creche.
A seleção de projetos realizada pelo MEC em parceria com a UFMG tem o objetivo de identificar, mapear e divulgar experiências inspiradoras de gestão pública e projetos pedagógicos de educação integral em tempo integral, com vistas a alcançar, com qualidade e equidade, a Meta 6 do Plano Nacional de Educação (PNE): ampliar a oferta de educação em tempo integral em, pelo menos, 50% das escolas públicas do Brasil, de modo a atender, pelo menos, 25% dos estudantes da educação básica. Em todo o país, foram selecionados projetos de 714 municípios, distribuídos em 25 estados.
Avaliados por uma comissão de profissionais da educação e pesquisadores com experiência em gestão e projetos pedagógicos de Educação Integral em Tempo Integral, os projetos foram avaliados em seis eixos: gestão democrática e participação social; currículo integrado e práticas pedagógicas; territórios, culturas e saberes; diversidade, inclusão e equidade; gestão administrativa, financeira e pedagógica; e intersetorialidade e articulação em rede.
“Esse reconhecimento pelo Ministério da Educação é uma conquista que enche toda a nossa rede de ensino de orgulho. Essa iniciativa demonstra que é possível trabalhar o antirracismo na educação infantil de forma efetiva, promover a valorização da diversidade, a autoestima das crianças e o reconhecimento de referências positivas na comunidade. As atividades de contato com as culturas indígena e africana são fundamentais para formar cidadãos conscientes, respeitosos e empoderados e contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária”, diz a professora Rita Bastos, secretária de Educação de Alagoinhas.