Wilson Cardoso mobiliza prefeitas e prefeitos para melhorar índices de alfabetização na Bahia

Na manhã desta terça-feira (19), durante encontro na sede da União dos Municípios da Bahia (UPB), o presidente da entidade, Wilson Cardoso, lançou um apelo enfático para que prefeitos, prefeitas e toda a sociedade se unam em torno de um grande desafio: melhorar os índices de alfabetização infantil no estado. No próximo dia 26 de agosto, a UPB em parceria com a Secretaria Estadual da Educação (SEC), realiza o Seminário Estadual Bahia Alfabetizada.

Atualmente, apenas 36% das crianças baianas estão alfabetizadas na idade certa, até os 7 anos, no segundo ano do ensino fundamental. O dado preocupa e coloca a Bahia entre os estados com os piores índices do Brasil, revelando uma situação que compromete o futuro de crianças do 2º ano do ensino fundamental. Para Cardoso, enfrentar esse cenário deve ser prioridade absoluta.

“Eu queria fazer um apelo a todos os prefeitos e prefeitas, à sociedade, para nessas nove semanas seguintes a gente focar no 2º ano dos anos iniciais. É nessa fase que a criança tem mais facilidade de aprender, garantindo base para as séries seguintes e chegando mais preparada à universidade”, afirmou o presidente.

Wilson Cardoso destacou ainda que muitos gestores municipais já vêm investindo na melhoria da infraestrutura das escolas, com climatização das salas, ampliação do tempo integral e fortalecimento da educação infantil. Ele lembrou que a expansão da rede de creches, viabilizada pelo governo federal, também tem sido um passo importante para garantir que as crianças iniciem a vida escolar com melhores condições de aprendizado.

O apoio do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE) e do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA) foi destacado pelo presidente da UPB como um esforço coletivo das instituições para, de mãos dadas, superar esse índice na Bahia, com a orientação adequada aos gestores e suas equipes.

Entre as propostas apresentadas por Wilson Cardoso, está a realização de uma mobilização intensiva por dez semanas, com foco específico no segundo ano do ensino fundamental. As ações previstas incluem a busca ativa de alunos com dificuldades de aprendizagem e a aplicação de três ou quatro provas a cada 60 dias, como forma de monitorar o desenvolvimento das crianças. A ideia é identificar rapidamente quem apresenta atraso e adotar intervenções pedagógicas direcionadas, garantindo que ninguém fique para trás.

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